(Ao menos uma vez por semana, publico um texto exclusivo para assinantes pagos deste blog. Este é um deles.)
No final do dia 11 de Setembro de 2001, ainda com a cabeça atordoada por tudo que havia testemunhado através da televisão nas horas anteriores, tentei escrever algo como forma de organizar as ideias e libertar a angústia acumulada. Na época, o único veículo que eu tinha para publicar meus textos era mesmo o Cinema em Cena, já que não havia iniciado meu blog (cujo arquivo, começando em 2008, transferi para cá) e, claro, ainda não havia Twitters e Facebooks.
Relendo hoje o que escrevi, muito me parece… ingênuo. Embora eu não tenha cedido ao impulso que muitos abraçaram na época de encarar os ataques como algo ocorrido num vácuo histórico, como se os Estados Unidos não tivessem responsabilidade alguma sobre a radicalização de tantos grupos no Oriente Médio, não me ocorreu imediatamente que a resposta do governo Bush seria usar tudo como pretexto para que Jr. se vingasse da humilhação sofrida pelo pai no Kuwait, ganhando controle sobre uma área geopoliticamente importante e, de quebra, aquecendo a economia de seu país não só com a terceirização da “reconstrução” do Iraque como com o acesso aos campos de petróleo da região. E subestimei também como o mundo aceitaria todas as ações de Bush/Cheney/Rumsfeld.
Fora isso, achei interessante revisitar meu estado de espírito naquele dia - e disponibilizo o texto abaixo:
Keep reading with a 7-day free trial
Subscribe to Pablo Villaça to keep reading this post and get 7 days of free access to the full post archives.